Tuesday, October 21, 2008

Você sabia...

... que um filme baseado no skate já levou a Palma de Ouro no Festival de Cannes?!

Foi em 1966, quando o filme "Skaterdater" arrebatou o público e os juízes da mostra competitiva com um roteiro que descrevia bem os tempos ingênuos da época. Uma jovem era uma boa moça de família, educada, atenciosa e estudiosa, mas que tinha um grande "defeito" - namorava um skatista.







... que a revista Skateboarder surgiu em meados de 1975?!

Com o Greg "Cadillac Boy" Weaver na capa, fazendo um carving descalço numa piscina vazia, causou uma revolução em skatistas do mundo todo. Até então, o skate conhecia dois terrenos: ladeiras (onde se praticava slalom) e freestyle (com movimentos de ginástica olímpica). A revista mostrava que uma nova era se iniciava, com a conquista de novos terrenos.







... que Christian Hosoi voltou a ganhar campeonatos de masters?!

"Holmes" anda de skate desde criancinha, foi o melhor skatista do mundo nos anos 80 e representa como poucos a ascenção e queda do skate. Depois de passar um longo tempo em cana, ele cuidou do espírito e do corpo (do joelho, principalmente), e parece voltar a velha forma. Já há até quem já vislumbre uma reedição da rivalidade histórica entre ele e Tony Hawk.






Bom, se você não sabia, agora já sabe!





Imagens

> Skaterdater e Skateboarder - reprodução

> Hosoi - foto: Heverton Ribeiro

Tuesday, October 14, 2008

Coleção "Punk History"




Essa é pra quem gosta e se interessa por punk rock – do tipo malvado e barulhento, e não essas babas “emo melódicas” que são empurradas guela abaixo via rádios & tvs. Isso aqui não é coisa praquele povinho sensível de franjinha & unha preta, e sim pra quem gosta de grosseria sônica de verdade. Se você estiver a fim de conhecer mais a história do ritmo que revolucionou a música, e que deu partida à explosão da produção independente, não deixe de baixar essa coleção absolutamente imperdível.

“Punk History” poderia muito bem ser chamada de “Clássicos do Punk” e faz um apanhado muito preciso com as bandas mais significativas do gênero. São mais de 90 grupos nos três volumes da coletênea, que traz desde os chamados “proto-punks” The Stooges, New York Dolls e The Heartbreakers, passando pelos clássicos The Clash, Sex Pistols, The Damned, Buzzcocks, The Jam & cia, trazendo ainda os fundadores do hardcore (The Germs, Black Flag, D.O.A., Bad Brains) e as bandas que “ressussitaram” o ritmo nos anos 80, como UK Subs, Discharge, Vice Squad, Toy Dolls e GBH. Você quer bandas que se destacaram nos anos 90?! Receba então Dag Nasty, Operation Ivy, Murphy’s Law, Bad Religion e Gorilla Biscuits, só pra citar alguns. Até mesmo os fundadores do “emotional hardcore” estão lá; sim, reverencie o inimitável Hüsker Dü – um dos 5 melhores shows que eu vi na vida, fácil.



O que eu achei de melhor na coleção não foi exatamente a escolha de bandas do tipo “arroz de festa”, presentes em qualquer coletânea que se preze; foram justamente as bandas que não são tão conhecidas que mais me chamaram a atenção. Gente que tocou e zoou muito, mas não necessariamente fez o nome de forma mundial na mesma proporção do agito que provocava nas suas cenas locais; os australianos do The Saints, por exemplo, bem como os americanos do The Boys e D.I. ou a inglesada do The Adverts, Infa Riot ou The Members. Ou ainda os que não eram considerados exatamente como punks, tais como Talking Heads e Blondie (“new waves”) ou Undertones e Plasmatics, mas que seguiam uma certa musicalidade mais agressiva cada um à sua maneira.

Resumindo: praticamente todo mundo que foi “alguém” no cenário do punk até 1988 está num dos três volumes de “Punk History”, um verdadeiro “quem é quem” da punkadaria. A única banda seminal que ficou de fora foram os Dead Kennedys - o que não é muito de se estranhar porque eles nunca foram de liberar os seus direitos assim pra ninguém. Tirando essa ausência a lamentar, mas que enfim se justifica, é uma coleção do tipo “essencial e fundamental’. Cai dentro e divirta-se!


A propósito: essas e muitas outras coletâneas de rock mais pesado são produções originais no blog Libérula Barriguda, uma excelente opção pra quem gosta de música não-convencional e esporrenta. Definitivamente vale uma ida por lá fuçar o que eles tiverem de melhor a seu gosto; vou logo adiantando que é do tipo de blog que lota o HD de qualquer um, portanto é melhor checar o seu espaço em disco antes de começar a baixar direto. Clique no link deles na lista ao lado e farte-se de tanta música barulhenta – mas não vá estourar os tímpanos...

Links:

Volume 1: The Early Years - http://w12.easy-share.com/859011.html
Volume 2: 78/80 – http://w10.easy-share.com/886936.html
Volume 3: 81/88 – http://w13.easy-share.com/1038292.html

Friday, October 10, 2008

GJz no Congresso?!

Muita calma nessa hora, porque eu ainda não enlouqueci de vez pra querer virar político...


Lá pelos idos de 1986, eu saí de férias pelo Brasil pra conhecer o que quer que rolasse de skate pelo Nordeste e por Brasília. A primeira escala foi na Capital Federal, de onde depois parti pra Fortaleza, Natal, Recife, João Pessoa e Salvador. A idéia foi fazer uma matéria pra revista Yeah!, pois aqui no "Sul Maravilha" não se sabia nada sobre o que rolava de verdade pelo Brasil afora.


Brasília foi tudo de bom. Fiquei na casa do Robert "Rebellix", um local que respirava skate: editava o SubZine, agitava eventos, ia de skate pra todos os lados... e tinha até 2 papagaios com os nomes de "Osmar e Oscar", referência aos Irmãos Lattuca que fizeram história no vert da época.
Ele morava a uns 10 minutos do bowl do Núcleo Bandeirantes, que era bem mais cavernoso do que o de Guará e tinha vert de verdade. Como se não bastasse, era cria do Setor Bancário, um verdadeiro oásis pro street da época, com transições e paredes inclinadas a torto e a direito, chão liso, poucos seguranças, muretas de todas as alturas, mármore & granito em profusão - tipo paraíso na terra, enfim.

Aí, a falta do que fazer um dia nos levou a mim e ao Rebellix ao Congresso Nacional...




... e bastou a distração dos seguranças pra nós termos uns 5 minutos preciosos, que resultaram nessas imagens. A qualidade das fotos ficou horrível, tanto que não deu pra aproveitar nada das imagens tiradas com a Olimpus Pen da minha irmã - mas o registro, a sensação e as memórias ficaram pra sempre.


A propósito: quase fomos presos. Se eu não fizesse de conta que era um "gringo", ficando mudo, calado e quieto, acho que poderíamos estar atrás das grades até hoje. Era o Rebellix mandando um dos maiores caôs que eu já ouvi em toda a minha vida, desenrolando a situação - e eu me segurando pra não rir dos caras... E o pior (ou o melhor): eles acreditaram!!!


A propósito 2: a concha côncava não é apropriada pra andar de skate. Pensamos nisso em primeiro lugar, óbvio, mas descobrimos que tem uma estrutura interna em metal pra segurar a tal "bacia", pra nossa decepção. E a superfície da parede era tão suave quanto um ralador de feira...




Eu sei, eu sei: podem me sacanear à vontade pela bermuda estampada curta e berrante "new wave", os óculos Vuarnet "classe A", as luvas "nas hands" e o All Star camuflado "style" - sem falar nos então fartos cabelos que os anos não trazem mais, e que faziam até um topete...


... mas nós estávamos lá, e andamos num dos mais conhecidos monumentos nacionais. E ficamos soltos pra darmos muitas risadas e contarmos a história, que você agora tem acesso em primeira mão e com exclusividade.


Só me resta resumir o visual e a ousadia usando apenas duas palavras: ANOS 80. Quem não viveu, sinto muito - perdeu!


Fotos: Robert Rebellix (RIP - saudades eternas, bro...)

Thursday, October 2, 2008

Robt Williams

Abrindo os trabalhos com alguns quadros do Robert Williams, um dos grandes pintores norte-americanos ainda vivos. Ah, quer a biografia dele de mão beijada?! Faz o seguinte, clica no link pro Wikipedia e boa sorte...



Ele é um setentão de anos bem vividos: o tiozinho ainda tem um longboard e às vezes se diverte com um simples "sidewalk surfing". Já produz desde a época da legendária revista "Zap! Comics", na qual ele dividia a criação com outros monstros da época como Gilbert Sheldon e Robert Crumb, só pra citar os mais casca-grossas. Dá pra notar nitidamente que ele lida com os "três Is" - imprevisível, inusitado, ilimitado.


Sonho ou pesadelo?! Alucinação ou realidade virtual?! Influência da subcultura na cultura?! Ou seria ele um Hyeronimus Bosch do século 20?! (mais um pra pesquisar no Wiki, hehehe...)
Sei lá, não vou dar uma de crítico de arte erudito... Só aprecio e muito o trabalho do artista, e divido contigo que está aí do outro lado, provavelmente sem entender nada.



Pra mim, talvez o maior valor da arte de Robt Williams seja esse - cada um entende o que quer, sente o que passar pelo coração, imagina o que vier na cabeça. Uma idéia na cabeça e o pincel na tela, por assim dizer.



Aprecie o petisco, e corra atrás por mais. O mestre Robt merece.

Bela foto - 1


Autor desconhecido, é uma das favoritas dos autores de arquivos pps com mensagens de auto-ajuda espalhados pela internet.

Não deixa de ser do tipo "uma imagem em um milhão", de qualquer maneira...

Enfim, have a nice day!